O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) prestou depoimento à Polícia Federal (PF), na quarta-feira (17/7). O parlamentar e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi ouvido durante seis horas e meia.
Durante o depoimento, o ex-diretor da Abin responsabilizou dois de seus subordinados pela espionagem ilegal, o agente da PF Marcelo Araújo Bormevet, o militar do Exército, Giancarlo Gomes Rodrigues. Os dois foram presos na semana passada na mais recente fase da operação Última Milha.
O militar Giancarlo era assessor de Ramagem, é casado com uma servidora da agência e foi alvo da PF de outra fase da operação, em janeiro.
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A PF aponta que ele foi um dos responsáveis por um monitoramento ilegal do então presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia e da então deputada Joice Hasselmann. O agente Bormevet atuou como segurança do então candidato à Presidência Jair Bolsonaro, na época no PSL e hoje no PL, em 2018. Ele foi afastado do cargo em janeiro, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
O depoimento de Ramagem em mais de 100 perguntas feitas a ele. O ex-diretor da Abin nega que tenha ordenado qualquer espionagem ilegal e chama a investigação da PF de “ilações e rasas conjecturas”.
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