A Polícia Federal (PF) indiciou o deputado federal André Janones (Avante-MG) na investigação que apura um suposto esquema de “rachadinha” em seu gabinete. O parlamentar foi indiciado pelos crimes de associação criminosa, peculato e corrupção passiva.
O relatório final do inquérito foi enviado nesta quinta-feira (12/9) ao Supremo Tribunal Federal (STF). O relator é o ministro Luiz Fux. Além do deputado, também foram indiciados dois ex-assessores do congressista.
Janones foi acusado por um ex-funcionário de seu gabinete de cobrar parte do salário de servidores para custear despesas pessoais. As suspeitas vieram à tona depois do vazamento de áudios com falas do deputado.
O termo “rachadinha” é usado para descrever a prática de repasse de parte da remuneração de um assessor ou servidor público para o parlamentar ou partido que emprega o funcionário.
De acordo com os investigadores, o indiciamento se baseia em provas como depoimentos, análises de inteligência financeira, de dados bancários e fiscais.
Segundo a PF, Janones é o “eixo central em torno do qual toda a engrenagem criminosa gira”. A conduta criminosa teria começado de forma “coincidente” com o começo de seu mandato.
Em uma das gravações atribuídas a Janones, o deputado teria pedido aos funcionários uma vaquinha para ser usada nas eleições de 2020. O deputado nega qualquer irregularidade.