A esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Michelle Bolsonaro, criticou a primeira-dama Janja Lula da Silva por “viajar” e pela compra de móveis sem licitação para o Palácio do Alvorada. A declaração foi dada um evento do PL Mulher e compartilhada nas redes sociais nesta sexta-feira (26/7).
“Infelizmente, algumas primeiras-damas têm vocação para trabalhar, mas outras têm vocação para viajar e articular compra de móveis sem licitação”, disse.
Michelle falava sobre o programa Pátria Voluntária, criado em 2019 durante o governo Bolsonaro. Era coordenado pela Casa Civil da Presidência da República e chefiado por ela. Tinha como objetivo incentivar o trabalho voluntário. A ex-primeira-dama criticou Janja por não dar continuidade à iniciativa.
“Como presidente do Pátria Voluntária, nós ajudamos o Brasil inteiro. Em lugares mais remotos, a nossa ajuda chegou, nós incentivamos, fomentamos o voluntariado e estamos colhendo os frutos hoje […] Infelizmente, está parado o programa de governo”, declarou.
“Umas ‘gastam’ a si mesmas para ajudar o próximo. Outras ‘gastam’o que é do próximo para ajudar a si mesmas. C’est la vie. La vie est belle [Isso é vida. A vida é bela]!”, completou Michelle na legenda da publicação.
A vocação reflete a essência de cada pessoa e se manifesta no mundo por meio dos atos concretos e não por palavras lançadas aleatoriamente.
Umas "gastam" a si mesmas para ajudar o próximo. Outras "gastam"o que é do próximo para ajudar a si mesmas. C'est la vie. La vie est belle! pic.twitter.com/Qt7t5cF5pj
— Michelle Bolsonaro (@Mi_Bolsonaro) July 26, 2024
Viagens de Janja
Janja viajou para a França para acompanhar os Jogos Olímpicos de Paris. Recebeu credencial de chefe de Estado e representará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que resultou em críticas por parte da oposição.
Essa não é a primeira vez que a passagem da primeira-dama por destinos internacionais é alvo de críticas da oposição. Em junho, o casal presidencial viajou para a Europa próximo ao Dia dos Namorados, o que foi comentado pela família Bolsonaro nas redes sociais.
Críticas às compras de móveis
Em 3 fevereiro de 2023, o governo contratou para aquisição, sem licitação, de 11 móveis pelo valor total de R$ 379,4 mil. O mobiliário era voltado para a área íntima do palácio, como o quarto do presidente e da primeira-dama Janja, que ganhou 5 novos móveis e 1 colchão pelo valor de R$ 196,7 mil.
Na época da compra, o governo alegou que parte da mobília do palácio tinha sumido. Lula e Janja fizeram várias críticas à gestão anterior, do Bolsonaro. Em março de 2024, a Secom (Secretaria de Comunicação Social do governo) informou que a Presidência localizou os 261 móveis do Palácio da Alvorada que estavam desaparecidos. Os itens foram encontrados.
Na quar feira (24.jul), o TCU (Tribunal de Contas da União) julgou improcedente representação que questionava possíveis irregularidades na compra. O entendimento da Corte de Contas é que o processo de contratação, embora tenha sido realizado sem licitação, correu de forma legal.
*com informações do Poder 360
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