Na terça-feira (6/8), lideranças da oposição da Venezuela e organizações de direitos humanos denunciaram a prisão de María Oropeza, dirigente da campanha eleitoral de Edmundo González no estado de Portuguesa.
Por outro lado, o governo de Nicolás Maduro justifica as mais de 2 mil prisões dos últimos dias, ao justificar que são “terroristas” que estavam atacando prédios públicos, forças policiais e lideranças chavistas.
Segundo as denúncias da oposição, a prisão de María Oropeza teria ocorrido sem decisão judicial. Até o momento, não há a confirmação dessa prisão por autoridades do país.
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O governo da Venezuela tem sido acusado por países e organizações internacionais e de direitos humanos de uso desproporcional da força e de repressão política contra manifestações que questionam o resultado da eleição presidencial do dia 28 de julho.
Em nota publicada nesta quarta-feira (7/8), a Provea e a Federação Internacional pelos Direitos Humanos (FIDH) questionaram as ações policiais dos últimos dias.
Segundo as organizações,“22 pessoas foram assassinadas, 1.062 detidas arbitrariamente e pelo menos 40 desaparecimentos forçados em apenas uma semana, marcando máximos históricos em comparação com outros ciclos de protesto. Esses atos de repressão se devem a padrões sistemáticos de perseguição anteriormente perpetrados pelas autoridades venezuelanas.”
“Terroristas”
Por outro lado, o presidente Nicolás Maduro justificou nessa terça-feira (6/8) as mais de 2,2 mil prisões realizadas nos últimos dias, dizendo que se tratam de “terroristas” e que há provas em todos esses casos.
Sem citar a prisão de María Oropeza, o presidente venezuelano questionou o que seria feito nos Estados Unidos se uma pessoa defendesse o assassinato do presidente do país.
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