O governo federal pagou R$ 83,4 mil em passagens na ida da primeira-dama Janja Lula da Silva para a abertura das Olimpíadas de Paris. O custo foi o segundo mais alto entre todos os funcionários da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no mês de julho deste ano.
A informação está no painel de viagens do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, onde constam duas passagens emitidas em nome da primeira-dama.
O custo de passagens com Janja só foi menor do que Gilmar da Cunha Trivelato, que é um pesquisador da Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro). Trivelato teve uma passagem de R$ 94,6 mil pagas pelo governo em julho.
O valor dos bilhetes aéreos de Janja foi maior do que as passagens usadas por Celso Amorim, assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, que teve quatro passagens pagas pelo erário que juntas custaram R$ 75,5 mil no total.
Leia também:
Deputados protocolam na Câmara pedido de informações sobre comitiva de Janja em Paris
Michelle Bolsonaro critica Janja por “viajar” e comprar móveis sem licitação
No final de julho, Amorim foi o enviado especial do governo Lula para a Venezuela, país que enfrenta uma crise política após uma eleição com suspeita de fraude por parte do governo do ditador Nicolás Maduro.
Janja passou quatro dias na França cumprindo agendas de chefe de Estado. Ela chegou a Paris no dia 25 de julho e voltou para o Brasil no dia 29 do mesmo mês. Durante a estadia na capital francesa, a primeira-dama participou de agendas como chefe de Estado.
Além de participar da abertura dos jogos, ela foi recepcionada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, e a primeira-dama, Brigitte Macron. Janja também se encontrou com ministros brasileiros, prefeitos de cidades de diversos países, bancos e financiadores.
Esta foi a primeira vez na história das Olimpíadas que o governo brasileiro foi representado por uma primeira-dama. Janja conseguiu a credencial de representante do governo brasileiro fora do prazo estipulado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para o envio dos nomes dos chefes de Estado.