Nesta sexta (16/8), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou que participará de uma manifestação em apoio ao impeachment do ministro Supremo Tribunal Federaldo (STF), Alexandre de Moraes.
A manifestação está programada para o 7 de setembro, Dia da Independência, na avenida Paulista, em São Paulo, e foi organizado pelo pastor Silas Malafaia. A ida do ex-presidente ao ato foi confirmada ao colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.
A manifestação foi convocada depois de a Folha de S. Paulo divulgar na terça-feira (13/8) mensagens que indicam que Moraes teria usado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de forma extraoficial para embasar inquéritos de sua relatoria contra bolsonaristas no STF.
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Bolsonaro disse na quinta-feira (15/8) acreditar que Moraes tem um problema “pessoal” com ele. “Isso é claro. Só não vê quem não quer”, declarou o ex-presidente em entrevista à rádio 96 FM em Natal (RN).
Caso Moraes
Uma reportagem da Folha publicada na quinta-feira (15/8) também mostrou que o policial militar Wellington Macedo, que atua dentro do STF, na equipe de Moraes, requereu informalmente a produção de relatórios ao setor de combate à desinformação do TSE.
Quem recebeu a demanda na Corte Eleitoral foi Eduardo Tagliaferro, que foi até 2022 chefe da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação) daquele Tribunal. Ele respondeu que levantou os dados sigilosos com o auxílio de um policial civil de São Paulo “de sua extrema confiança” e cuja identidade não deveria ser revelada….
O TSE não tem atribuições investigativas ou criminais. Isso cabe à Secretaria de Segurança do STF, que recebe ameaças e as repassa às polícias federal ou estadual. O gabinete do ministro também pode acionar a polícia diretamente para investigações em casos de suspeita de crime.
Ao comentar pela 1ª vez sobre as mensagens que mostram que teria usado o TSE de forma extraoficial, o ministro do STF afirmou que seria “esquizofrênico” se “auto-oficiar”.